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Será que estou fazendo certo ou não? Escola de Pais

  • Foto do escritor: Ateneu
    Ateneu
  • 2 de jul. de 2021
  • 4 min de leitura

Estou fazendo certo ou não?


Hoje compartilho com vocês um pouquinho da minha história, não estou aqui para dar conselhos, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, como diz Caetano Veloso, “nem para trazer teorias que muitas vezes a gente não entende e outras que não conseguimos traduzir a nossa realidade.”

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Sou professora e mãe de um casal de gêmeos, e sempre que olho para eles muitas vezes me vejo e outras vejo o pai, como dizem os mais velhos a jaca nunca cai longe do pé, vejo mais o pai. No dia do aniversário deles me sinto bem nostálgica, olho para eles e vejo muitas qualidades e alguns desafios que a vida vai ensinar.


Como todas as pessoas que têm filhos ou tem a oportunidade de criar alguém nos esforçamos para que fossem educados, respeitassem as pessoas, que tivessem excelente caráter, ou seja tudo que uma família sonha!


Mas como fazer isso? Filho vem sem receita!

E como ensinar diferente da maneira que aprendemos? Essas são algumas indagações que sempre tive, e continuo refletindo, e me perguntando: Estou fazendo certo ou não?

Vou contar um pouquinho das minhas vivências no tempo em que estavam no ensino fundamental anos finais, e como a escola mudou desde que eu frequentava a escola, hoje como já passei dos cinquenta percebo quanta coisa mudou e como nós pais sofremos com esses pequenos príncipes crescendo e se transformando em ditadores, ditando as regras que aprendem nas mídias sociais.


É muito difícil para os pais pensar e agir diferente da maneira que fomos criados.

No meu tempo, a professora ficava a maior parte do tempo sentada, e ao seu lado nas primeiras fileiras, os melhores alunos, e no fundo da sala os alunos que tinham mais dificuldade, que não entendiam quase nada do que a professora estava falando; eu era uma delas, esquecida em um canto da sala, não conseguia acompanhar os mais espertos e a todo momento erguia a mão para fazer perguntas para a professora, ainda me lembro o nome dela, D. Regina, estava no antigo 5º ano que hoje é o nosso 6º ano, e ela com a pouca paciência que tinha me chamava até a sua mesa para olhar o meu caderno.


No caminho da minha carteira até a mesa da professora eu já tinha esquecido qual era a minha dúvida, porque o que eu queria na verdade era sentir o aroma do perfume dela e ver ela escrever no meu caderno de caneta vermelha a resposta correta da minha pergunta, com aquela letra caprichada e redondinha. Me lembro de pensar que no futuro eu queria ser igual a ela. Era um momento mágico!


Passaram-se os anos, chegaram os filhos, e quando meu filho estava no 7º ano, essa mesma situação aconteceu, meu filho começou a apresentar baixo rendimento, desinteresse pela escola, ele não se esforçava, eu tinha que dar aula para ele em casa, ajudar nos trabalhos, estudar para fazer as provas, e ele como eu, era um aluno esquecido no canto de uma sala de aula.

Muitas vezes vi tristeza em seu olhar, estava sempre avaliando se estava fazendo a coisa certa, se estava exigindo demais. Me perguntava, quando ele ia crescer?

Durante todo ensino fundamental foi uma luta para ele passar de ano, e a comparação com a irmã era inevitável, com ela era o oposto. O que estava acontecendo com ele?



O que mudou na criação dos nossos filhos que não percebemos?


Olá, Família!

Aqui quem vos fala é um profissional da educação na tentativa de acalentar seu coração. Não é uma tarefa fácil, não é mesmo? Primeiramente temos que pensar que o mundo no entorno deste estudante é muito diferente da nossa época, este mundo conversa com ele de uma forma muito diferente!

O que de fato chama a atenção desse adolescente? As mídias sociais, é claro! Ele é um aluno em um ambiente tecnológico, mas ele não sabe o potencial dessas ferramentas para uso educacional e você pode mostrar para ele.

Encontre formas de acompanhar seu filho, veja, acompanhar não é dar aula para ele e ter todas as respostas. Acompanhar é orientá-lo, perguntar, escutar, pedir ajuda para escola.



Escola, quais ferramentas tecnológicas posso sugerir para meu filho utilizar para estudar?

Na nossa época a escola era baseada no protagonismo do professor e focada nos conteúdos, atualmente o protagonista deve ser o aluno, e o professor sendo o mediador do processo, não podendo ter espaço para alunos de canto de sala, e sim que ocorre a estimulação para o adolescente participar, se posicionar.

Além disso, a educação hoje não é mais focada nos conteúdos, mas sim em habilidades que serão desenvolvidas utilizando os conteúdos como ferramenta.

Como assim habilidades? Habilidades como relacionar, comparar, descrever, diferenciar, justificar, entre outras… essas habilidades são fundamentais para o desenvolvimento deste estudante.


Estou fazendo certo ou não? Recado para as Famílias

Querida Família, acalme seu coração pois essas transformações acontecem de fato em um ritmo difícil de ser acompanhado por alguém que frequentou a escola em outras décadas, mantenha o foco no que é importante como por exemplo acompanhar seus filhos, seu desempenho, sua assiduidade, estar presente, próximo(a) e manter-se com a mente aberta para novas formas de ensinar, sobretudo, entender que agora a educação é assim…

Font: SAE Digital

 
 
 

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